Aminofilina
Fórmula Molecular: C16H24N10O4Peso Molecular: 420.434
CAS*: 317-34-0
DCB*: 00685
Classe: Broncodilatador da classe das metilxantinas
Descrição
A aminofilina é uma combinação de drogas com a finalidade broncodilatadora que contém teofilina e etilenodiamina, essa por sua vez, um bloqueador de receptor histaminérgico H1.
A aminofilina é formulada de modo a aumentar a absorção oral sem efeitos colaterais gástricos. É convertida em teofilina após a ingestão. Seu mecanismo de ação e outras propriedades são similares aos da teofilina. É solúvel em água e insolúvel em álcool.
Indicação
A aminofilina é indicada para controle de constrição reversível das vias aéreas, na prevenção de broncoconstrição e como adjuvante no tratamento de outras doenças respiratórias.
Seu uso é similar às indicações da teofilina, da qual é derivada.
É empregada em situações de crise asmática emergencial sendo mais comumente usada em asma brônquica.
Possui índice terapêutico estreito e o monitoramento terapêutico é extremamente recomendado.
É utilizada na insuficiência cardíaca, associada a glicosídeos cardíacos (cães); no tratamento pós[1]anestésico e cirúrgico de pneumotórax, associada a antibióticos; na prevenção ou alívio de espasmo brônquico durante emergências anestésicas; para o tratamento de asma brônquica, associada a anti[1]inflamatórios esteroidais.
Em gatos e cães, a aminofilina é empregada para tratamento de doença inflamatória das vias aéreas (asma felina).
Em cães, é também usada no tratamento de colapso de traqueia, bronquite e outras doenças das vias aéreas.
Mecanismo de Ação
As metilxantinas promovem a broncodilatação pela inibição competitiva da fosfodiesterase nucleotídio[1]cíclica, enzima que catalisa a conversão de 3′5′-adenosina monofosfato cíclico (cAMP) a adenosina monofosfato (5′-AMP).
Esta inibição resulta em aumento da concentração de 3′5′-cAMP, que estimula uma proteinoquinase, e esta, por sua vez, fosforila (inibindo) uma enzima denominada quinase da cadeia leve da miosina, a qual promove a contração da musculatura lisa.
Propõe-se, ainda, que as metilxantinas atuam como antagonistas competitivos de receptores da adenosina (A1 e A2) ou purinérgicos (P1 e P2). As metilxantinas parecem participar também da fase tardia da doença, modulando a inflamação e o edema.
Broncodilatação, aumento da atividade mucociliar, diminuição da permeabilidade da mucosa da via aérea, elevação do nível de catecolaminas circulantes e da contratilidade diafragmática podem ser citados como seus efeitos.
A grande vantagem terapêutica da teofilina sobre os outros broncodilatadores seria de que esta metilxantina promoveria aumento na força de músculos respiratórios e, com isto, o decréscimo do trabalho associado à respiração.
Como atuam sobre várias isoenzimas, exercem efeitos sobre vários sistemas, como aumento da diurese, vasodilatação pulmonar e sistêmica e elevação de contratilidade e frequência cardíaca.
Farmacocinética
A aminofilina é bem absorvida após administração oral em cães e gatos e libera rapidamente a teofilina para o organismo.
Esta por sua vez, é metabolizada no fígado e excretada na urina.
As meias-vidas de eliminação relatadas (valores médios) em várias espécies são: cães ≈ 5,7 horas; gatos ≈ 7,8 horas.
Doses
Cães: 6 -10mg/kg – VO, IM, IV de 8/8 horas.
Gatos: 4 - 6,6mg/kg – VO de 12/12 horas.
Superdosagem: A aminofilina tem um índice terapêutico baixo, ou seja, a dose deve ser determinada com cautela, para que não haja efeitos tóxicos.
Efeitos Adversos
A aminofilina provoca excitação e possíveis efeitos colaterais cardíacos como taquicardia, arritmias, tremores, convulsões e até morte súbita, quando usada em altas concentrações.
Reações adversas gastrointestinais incluem náuseas, vômitos e diarreia.
Pode apresentar dor intensa se aplicada IM, hipertermia, poliúria, polifagia e polidipsia.
Contraindicações
Embora os efeitos adversos pareçam ocorrer com maior frequência em humanos do que em pequenos animais, usar com cautela em neonatos, geriátricos e portadores de doenças cardíacas graves, arritmias, ulceração gástrica, hipertireoidismo, hepatopatia, nefropatia, epilepsia, hipóxia e hipertensão, arritmias cardíacas ou suscetíveis a convulsões.
Não utilizar em gestantes.
É contraindicada em pacientes que são hipersensíveis as xantinas, incluindo teobromina e cafeína.
Pacientes que são hipersensíveis a etilenodiamina também não devem tomar aminofilina.
Interações
Usar com cautela em associação com outros inibidores da fosfodiesterase, como o sildenafil e o pimobendana.
Muitos medicamentos inibem o metabolismo da teofilina e podem aumentar suas concentrações (por ex.: cimetidina, eritromicina, fluoroquinolonas e propranolol).
Alguns medicamentos reduzem as concentrações de aminofilina, por aumentarem sua biotransformação (por ex.: fenobarbital e rifampicina).
Os níveis séricos podem ser aumentados com o uso concomitante de tiabendazol, cimeticona, alopurinol, clindamicina e eritromicina.
O propranolol possui efeitos antagonistas diretos por ser um agente bloqueador β-adrenérgico, enquanto a aminofilina é um estimulante β-adrenérgico.
A fenitoína ou o fenobarbital pode diminuir o efeito da teofilina, por aumentar o seu clearance. As soluções de teofilina, por serem alcalinas, são incompatíveis com epinefrina, isoproterenol ou penicilina G potássica.
A aminofilina contém aproximadamente 80% de teofilina e o seu uso concomitante com alopurinol, cimeticona, furosemida ou epinefrina pode causar estimulação excessiva do SNC.
Ciprofloxacino: efeito terapêutico aumentado da aminofilina com possível toxicidade.
Mecanismo de Ação: inibição do metabolismo hepático da teofilina.
Efedrina: pode causar aumento da toxicidade da aminofilina.
Melixetina: efeito terapêutico aumentado da aminofilina com possível toxicidade.
Mecanismo de Ação: inibição do metabolismo hepático da teofilina.
Moricizina: exacerbação dos sintomas pulmonares.
Tiabendazol: efeito terapêutico aumentado da aminofilina com possível toxicidade.
Ticlopidina: efeito terapêutico aumentado da aminofilina com possível toxicidade.
Mecanismo de Ação: eliminação prejudicada da teofilina.
Formas farmacêuticas para manipulação
Cápsulas;
Suspensão;
Xaropes;
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