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Ciclosporina

 

Fórmula Molecular: C62H111N11O12

Peso Molecular: 1202,63

CAS*: 59865-13-3

DCB*: 02036

Classe: Macrolídios

 

Indicação

Na dermatologia canina, tem sido objeto de crescente interesse para o tratamento da fístula perianal e dermatite atópica.

Possui propriedades anti-inflamatórias, inibindo a ativação de vários tipos celulares envolvidos na inflamação da alergia cutânea.

Também atua contra a degranulação dos mastócitos, age diretamente na inibição da histamina e bloqueia a proliferação de linfócitos T ativados pela inibição da inteleucina 2, ativação genética e transcrição do RNA mensageiro.

Além disso, ela bloqueia receptores de superfície de células T.

É necessário tratamento por no mínimo 30 dias até se observar resposta clínica.

 

Mecanismo de Ação

Seu mecanismo de ação é explicado por sua complexação com a ciclofilina-1.

Este complexo ciclosporina[1]ciclofilina-1 inibe a calcineurina, que é uma enzima que sintetiza a IL-2.

A ausência da IL-2 dificulta a ativação e proliferação dos linfócitos T.

A ciclosporina A ainda diminui a sobrevida e a degranulação dos mastócitos, inibe a liberação da IL-4, IL-5, TNF, IL-3, e IL-8, além de regular outras funções moduladoras do sistema imunológico.

 

Farmacocinética

Manipulada em microemulsão oferece uma biodisponibilidade de 35% com 20-25% em comparação à manipulação em veículo oleoso.

A microemulsão também diminui a variabilidade individual de absorção, devido ao aumento da biodisponibilidade absoluta e da ausência de efeito da secreção de bile na absorção.

Com o veículo oleoso a absorção é muito influenciada pela secreção biliar por emulsionação da solução.

Em cães, a bile pode resultar em redução de 75-80% da absorção da droga se manipulada em óleo.

A biodisponibilidade não é influenciada pela secreção biliar quando a ciclosporina A é manipulada em microemulsão.

Sua meia vida é de 8,4 horas (oscilando entre 5 a 18 horas), sendo o pico de concentração da mesma no sangue entre 1,5 e 2 horas após administração.

A ciclosporina distribui-se amplamente fora do volume sanguíneo.

No sangue, 33% a 47% estão presentes no plasma, 4% a 9% nos linfócitos, 5% a 12% nos granulócitos e 41% a 58% nos eritrócitos.

No plasma, aproximadamente 90% estão ligados às proteínas, principalmente lipoproteínas.

A ciclosporina é extensivamente biotransformada em aproximadamente 15 metabólitos, não havendo uma via metabólica principal única.

Sendo metabolizada principalmente no fígado e intestino.

A eliminação é principalmente biliar e somente 6% da dose oral é excretada na urina; somente 0,1% são excretadas na

urina, na forma não alterada.

Existe uma alta variabilidade de dados registrados sobre a meia-vida terminal da ciclosporina, conforme o método de ensaio aplicado e a população-alvo.

Em cães, mesmo em microemulsão, a absorção é reduzida quando administrada com alimento e a variabilidade individual

aumentada.

 

Doses

Oral: 5 a 10 mg/kg, a cada 24 horas. Administrar longe das refeições.

Tópico: 0,2%, até 2x ao dia.

 

Efeitos Adversos

Nefrotoxicidade, hipertensão, hepatotoxicidade, hiperplasia gengival, periodontite, papilomatose cutânea, vômito, diarreia, bacteriúria, infecção cutânea bacteriana, anorexia, supressão da medula óssea e dermatose linfoplasmocitóide.

Além disso, ela pode predispor ao desenvolvimento do linfoma.

 

Contraindicações

Não utilizar em fêmeas gestantes ou em lactação.

 

Interações

Drogas que reduzem a atividade do citocromo P-450 aumentam os níveis séricos de ciclosporina, como cetoconazol, itraconazol, eritromicina, verapamil e diltiazem.

Os anticonvulsivantes, rinfamicina, cimetidina, isoniazida, sulfa com trimetropim, terbinafina, omeprazol e metilprednisolona são fármacos que aumentam na metabolização da ciclosporina, resultando em níveis subterapêuticos.

 

Farmacotécnica

Para uso oral: A ciclosporina deve ser manipulada exclusivamente em emulsão não podendo ser manipulada em cápsulas, biscoitos e pastas.

A manipulação em emulsão reduz a variabilidade dos parâmetros farmacocinéticos e proporciona

linearidade entre a droga e a exposição à ciclosporina, com um perfil de absorção mais consistente.

Sugestão 1:

Excipientes: Hidroxitolueno butilado (BHT) 0,1%, α-tocoferol 0,05%, álcool absoluto 12,5%, óleo de rícino hidrogenado (PEG 40) q.s., óleo de oliva* q.s.p.

Preparo:

Fase 1: Solubilizar a ciclosporina com o álcool, reservar.

Fase 2: Macerar o BHT com o α-tocoferol, adicionar o óleo de rícino hidrogenado.

Fase 2: Misturar a fase 1 com a fase 2 e adicionar o óleo de oliva* lentamente sob agitação.

*O óleo de oliva pode ser substituído por triglicerídeos do ácido cáprico e caprílico. Rotular com agite antesde usar.

 

Sugestão 2:

Excipientes: álcool absoluto (95%) 13,16%, óleo de oliva 53,3%, polissorbato 80 q.s.p. e soluvet picanha líquido.

 

Preparo:

1. Triturar a ciclosporina.

2. Adicionar o álcool e levigar.

3. Adicionar o flavorizante ao passo 2.

4. Adicionar o óleo de oliva.

5. Adicionar o polissorbato 80 sob agitação.

6. Envasar em frasco de vidro ou PET âmbar.

7. Rotular “agite bem antes de usar”.

 

Conservação do produto manipulado:

Dispensar em vidro âmbar. Armazenar em recipiente fechado, sob refrigeração (2° a 8ºC) para melhor conservação.

 

Formas farmacêuticas para manipulação

Cápsulas;

Suspensão;

Xaropes;

Ciclosporina em Cápsulas

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